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Cuidando da saúde: os riscos da gordura abdominal

A gordura abdominal, especialmente a gordura visceral, representa um importante fator de risco para múltiplas doenças crônicas e aumento da mortalidade, sobretudo quando associada a hábitos como má alimentação, sedentarismo e desregulação dos horários de vida. A seguir, uma análise aprofundada dos principais riscos associados a esse quadro:

Gordura Abdominal e seus Riscos Metabólicos e Cardiovasculares

1. Acúmulo de gordura visceral é síndrome metabólica

A gordura visceral, localizada na cavidade abdominal e envolvendo órgãos internos, está fortemente associada a síndrome metabólica, um conjunto de alterações metabólicas que inclui resistência à insulina, dislipidemia (aumento dos triglicerídeos e redução do HDL-colesterol), hipertensão arterial e hiperglicemia. Essas alterações elevam significativamente o risco de desenvolver diabetes mellitus tipo 2 e doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC).


2. Impacto na mortalidade e doenças cardiovasculares

Estudos indicam que o excesso de gordura abdominal duplica o risco de mortalidade, independentemente do índice de massa corporal (IMC). A distribuição da gordura corporal, mas do que o peso total, é um preditor mais acurado de riscos cardiovasculares e morte súbita. A gordura visceral promove o espessamento das artérias por meio da formação de placas ateroscleróticas, que podem se desprender e obstruir vasos, causando eventos isquêmicos graves.


3. Relação com fraqueza muscular e aumento do risco metabólico

A obesidade abdominal associada à fraqueza muscular potencializa o risco de síndrome metabólica e mortalidade, aumentando em até 85% a chance de morte em alguns estudos. Isso evidencia que a composição corporal - não apenas o peso - é crucial para a avaliação do risco à saúde.

4. Hipertensão arterial e alterações hemodinâmicas

O acúmulo de gordura abdominal está correlacionado com maior incidência de hipertensão arterial, devido a alterações no metabolismo lipídico e aumento da viscosidade sanguínea, o que eleva a resistência vascular periférica. A circunferência abdominal é um parâmetro importante para avaliação do risco hipertensivo, muitas vezes superior ao IMC.


Fatores Contribuintes: Má Alimentação, Sedentarismo e Ritmos de Vida Desregulados

1. Má alimentação

Dieta hipercalórica, rica em gorduras saturadas, açúcares simples e pobres em fibras, vitaminas e minerais, favorece o acúmulo de gordura abdominal. O consumo excessivo de alimentos ultraprocessados e a baixa ingestão de alimentos naturais são fatores determinantes para o desenvolvimento da obesidade andróide (central), que apresenta maior risco metabólico comparado à obesidade periférica (região de quadris e coxas).


2. Sedentarismo

A ausência ou níveis reduzidos de atividade física contribuem para o aumento da gordura visceral e para o surgimento de doenças hipocinéticas, como obesidade, diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares. O sedentarismo também está associado à perda de massa muscular, agravando a composição corporal e aumentando o risco metabólico.


3. Vida desregrada nos horários

A desregulação dos ritmos circadianos, comum em estilos de vida moderno com horários irregulares de sono e alimentação, pode alterar o metabolismo energético e hormonal, favorecendo o acúmulo de gordura abdominal e a resistência à insulina, além de impactar negativamente a homeostase metabólica geral.


Conclusão

O acúmulo de gordura abdominal, especialmente a gordura visceral, é um importante marcador e fator etiológico para síndrome metabólica e suas complicações, incluindo doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão e aumento da mortalidade, inclusive morte súbita. A má alimentação, o sedentarismo e a desregulação dos horários de vida são fatores comportamentais que potencializam esses riscos. Portanto, intervenções que promovam a reeducação alimentar, o aumento da atividade física e a regularização dos ritmos biológicos são fundamentais para a prevenção da gordura abdominal e suas consequências clínicas.



Fontes: scielo.br / saude.sp.gov / trf1.jus.br / passeidireto.com / cnnbrasil.com.br / ria.ua.pt / sbcm.org.br / tede.utp.br

Foto: AbcMed


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