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Dengue: uma guerra entre o mosquito e o homem


A DENGUE é uma doença viral pertencente ao grupo das Arboviroses, causada pelos vírus dengue (DENV), que possuem quatro sorotipos conhecidos (DENV-1 a DENV-4) e são transmitidos principalmente pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado. A transmissão ocorre quase exclusivamente via vetorial, com raras ocorrências por transmissão vertical (mãe para filho) ou transfusão sanguínea.

Os números de 2025

De janeiro a março deste ano, foram registrados 502.317 casos de Dengue no Brasil, o coeficiente no país é de 263,3 casos para cada 100 mil habitantes, números do Painel De Monitoramento das Arboviroses Do Ministério da Saúde.

Na maioria dos casos, as mulheres são as principais vítimas do mosquito, apresentando 55% dos casos, enquanto 45% dos infectados foram os homens. Por estados os números oficiais do Painel, apontam 291.423 casos em São Paulo, 57.348 em Minas Gerais, 31.786 no Paraná e Goiás apresenta 27.081 casos, fechando o quarto lugar em incidências da doença no Brasil, mas se considerarmos casos versos população, vamos ter Acre liderando com 760,9 casos por cada 100 mil habitantes, seguido por São Paulo que apresenta 633,9 casos por 100 mil habitantes, 470,2 casos por 100 mil habitantes é o que apresenta o estado do Mato Grosso e fechando os quatros estados com mais doentes confirmados aparece Goiás com 368,4 casos por 100 mil habitantes.

Os números ainda são bem altos e preocupantes, mas apresenta uma queda de 69,25% de casos confirmados em relação ao mesmo período no ano de 2024.

Cuidados e Recuperação 

O manejo clínico da dengue é essencialmente sintomático, pois não há tratamento antiviral específico disponível. Recomenda-se repouso, hidratação adequada (oral ou intravenosa conforma a gravidade), e evitar a automedicação, especialmente com anti-inflamatórios e aspirina, que podem agravar hemorragias. A recuperação geralmente ocorre em 7 a 10 dias, mas é fundamental o acompanhamento médico para detectar sinais de agravamento.

Casos Graves

Casos graves da dengue podem evoluir para dengue hemorrágica ou síndrome do choque da dengue, caracterizados por hemorragias, falências orgânica e choque circulatório, que podem levar ao óbito se não tratados adequadamente. Indivíduos idosos e portadores de comorbidades como diabetes e hipertensão apresentam maior risco de evolução para formas graves.

Prevenção e Controle

A principal estratégia para prevenção da dengue é o controle do vetor Aedes aegypit, eliminando seus criadouros, que são locais com água parada, como vasos de plantas, pneus, garrafas, caixas d'água mal tampada, piscinas sem manutenção, recipientes pequenos (tampas de garrafas, copos descartáveis) e outros objetos que acumulam água. Medidas específicas incluem:

  • Tampar e limpar regularmente caixas d'água, poços e cisternas;
  • Evitar acúmulo de água em pratos de vasos, utilizando areia fina para impedir a proliferação;
  • Tratar plantas que acumulam água com água sanitária diluída;
  • Manter piscinas tratadas com cloro e limpas semanalmente;
  • Limpar calhas, lajes e retirar lixo e entulhos do entorno das residências;
  • Usar roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia, quando o mosquito é mais ativo;
  • Aplicar repelentes conforme orientação e utilizar mosquiteiros, especialmente para grupos vulneráveis como bebês e pessoas acamadas;
  • Permitir o acesso dos agentes de controle de zoonoses para inspeção e ações de controle. 
Além disso, desde fevereiro de 2024, o Brasil incorporou a vacina contra a dengue no calendário nacional de vacinação pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo a primeira nação a oferecer o imunizante gratuitamente, o que representa um avanço importante na prevenção da doença.

Importante 

A urbanização desordenada, o saneamento básico inadequado e fatores climáticos contribuem para a manutenção do vetor e a dinâmica de transmissão da dengue, que apresenta caráter sazonal, com maior incidência entre outubro e maio. Portanto, a prevenção exige ações contínuas e integradas entre população, serviços de saúde e órgãos públicos, com ênfase na eliminação do criadouros do mosquito e na educação em saúde para evitar epidemias e reduzir a morbimortalidade associada à dengue.


Foto: Reprodução/Agência Nacional de Saúde Suplementar


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