Feminicídio: dois casos revoltantes registrados nesta quarta-feira (7).

Nesta quarta-feira (7), dois casos de feminicídios movimentaram os plantões policiais das cidades de Santos e Olímpia, ambas no estado de São Paulo. No litoral paulista, Samir Carvalho, que é sargento da Polícia Militar invadiu a clínica médica localizada na Avenida Senador Pinheiro Machado, mais conhecida como Canal 1, no bairro da Vila Belmiro e assassinou a mulher com cerca de dez tiros e mais golpes desferidos com o uso de arma branca e ainda após a ação contra a mulher, Samir desferiu tiros contra a própria filha de apenas dez anos de idade, que foi atingida na perna direita e na altura do ombro esquerdo. A menina foi encaminhada para a Santa Casa de Santos e não corre risco de morte. O suspeito não chegou a fugir do local e foi preso em flagrante sem oferecer resistência e também teve a arma usado no crime apreendida.

O outro caso ocorreu no interior do estado de São Paulo, na cidade de Olímpia onde o suspeito por nome de Davi matou uma mulher de 37 anos com golpes de faca. A vitima identificada como Naiara não resistiu aos ferimentos e veio a óbito ainda no local. Equipes da Guarda Civil Municipal, Polícia Civil, Polícia Militar e do SAMU estiveram na casa que fica localizada no bairro São José. O suspeito conseguiu fugir do local antes da chegada das autoridades, mas foi preso durante buscas feitas por policiais da Força Tática da Polícia Militar. Ele se encontrava na casa do seu irmão que fica no Jardim Leonor na cidade de Olímpia e tomava cerveja sentado no sofá na hora da abordagem dos policiais.

Números pelo Brasil

Nos últimos anos, o Brasil tem registrado números alarmantes de feminicídios, com variações anuais:

Em 2022, houve um recorde de feminicídios, com cerca de 1.467 mulheres mortas por razões de gênero, uma mulher a cada 6 horas, representando um aumento de 5% em relação a 20216 9.
Em 2023, o número de feminicídios foi de aproximadamente 1.450 casos, com uma leve queda de 0,8% em relação a 20221 9.
Em 2024, houve uma redução de 5,07% nos casos de feminicídio, com 1.450 casos registrados, e uma média de uma mulher vítima a cada 17 horas nos nove estados monitorados, totalizando 531 feminicídios nesses estados3 7 11.
Apesar da queda em 2024, houve aumento em alguns estados, como São Paulo (de 101 para 132 casos) e crescimento percentual alto em Sergipe (171,4%), Tocantins (150%) e Amapá (100%)5.

Além dos feminicídios, a violência contra a mulher segue alta, com 71.892 casos de estupro registrados em 2024, uma média de 196 estupros por dia, embora com uma leve queda de 1,44% em relação a 20233.

Medidas para mitigar o problema:

Intensificação das políticas públicas de proteção, com emissão de medidas protetivas urgentes e prisões relacionadas a violência contra a mulher7.
Criação e fortalecimento de unidades como a Casa da Mulher Brasileira e centros de atendimento às vítimas, embora tenha havido cortes orçamentários que prejudicaram esses serviços em anos recentes6 10.
Monitoramento e divulgação de dados por redes de observatórios para acompanhar a violência e orientar políticas públicas4 11.
Ações de conscientização e educação para igualdade de gênero, além do combate à cultura da violência e machismo5.

Apesar dos esforços, o aumento em alguns estados e a persistência da violência indicam a necessidade de políticas públicas mais eficazes, maior investimento e fiscalização para proteger as mulheres no Brasil.

Fontes:

Redes Sociais

Foto: site câmara dos deputados/secretaria da mulher/2016

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