Hidrovia do Rio Tocantins: Ibama autoriza processo de derrocamento do Pedral do Lourenço
O processo foi autorizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na segunda-feira (26). A licença ambiental concedida pelo órgão deverá viabilizar a navegabilidade neste canal.
De acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), a iniciativa permite intervenções em alguns trechos para efetivar o derrocamento do chamado Pedral do Lourenço. Trata-se de uma formação rochosa no fundo do rio que restringe a passagem segura de embarcações de carga.
“Após mais de 10 anos, nós conseguimos viabilizar, por meio do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente, a licença do Pedral do Lourenço. Com a licença, vamos poder fazer a obra do Pedral para retirar pedras da margem do rio, que prejudicam o escoamento de embarcações. São investimentos de mais de R$ 1 bilhão”, complementa Costa Filho.
A hidrovia fica entre as cidades de Peixe, no estado tocantinense, e Belém, no Pará. Ela se estende por mais de 1,7 mil quilômetros. No entanto, atualmente, a capacidade fica reduzida neste trecho rochoso por aproximadamente 40 quilômetros.
“A análise ambiental é fundamental para o desenvolvimento sustentável do país e deve levar em consideração também o impacto positivo que uma hidrovia promove, reduzindo tráfego nas rodovias e emissão de gases de efeito estufa”, pontua o secretário de Hidrovias e Navegação, Dino Antunes.
Benefício econômicos
Como a hidrovia está situada na região do Cerrado – apontada como a maior produtora de grãos do Brasil – o canal dispõe de potencial para se tornar ainda mais relevante em âmbito nacional.
De acordo com o MPor, a partir da conclusão da dragagem e derrocamento do Pedral do Lourenço, o estado do Tocantins terá condições de movimentar mais de 20 milhões de toneladas por ano, o que fortalece a economia, sobretudo por meio do setor agro. “Isso significa reduzir custo logístico. Isso vai ajudar no escoamento da safra brasileira e na competitividade do agronegócio do país”, projeta o ministro Silvio Costa Filho.