Cronograma de rotas da coleta dos materiais recicláveis continua o mesmo, após nova empresa terceirizada assumir no 1º de setembro
Coleta Seletiva: Prefeituras Transformam Resíduos em Sustentabilidade e Cidadania
Cada vez mais prefeituras no Brasil têm investido em programas de coleta seletiva, separando materiais recicláveis do lixo comum. A iniciativa, que já alcança milhões de brasileiros, representa um passo fundamental na preservação do meio ambiente e na melhoria da qualidade de vida nas cidades.
Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública (Abrelpe), o país produz mais de 80 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos por ano, e quase metade desse material poderia ser reciclado. No entanto, apenas cerca de 4% é efetivamente reaproveitado. Ao implantar a coleta seletiva, os municípios conseguem reduzir significativamente o volume enviado para os aterros sanitários, aumentando sua vida útil e diminuindo custos com destinação final.
O impacto vai além da economia. Cada garrafa PET, caixa de papelão ou latinha de alumínio que retorna para a indústria representa menos exploração de recursos naturais e menos poluição. Estudos mostram que a reciclagem de uma tonelada de papel evita o corte de até 20 árvores e economiza milhares de litros de água.
Mas os benefícios não se limitam ao meio ambiente. Em muitas cidades, os materiais coletados são destinados a cooperativas de catadores. Em Pariquera-Açu, por exemplo, famílias inteiras encontram na separação e venda dos recicláveis uma fonte de renda digna. “O que antes era visto como lixo hoje garante o sustento da minha casa”, relata Maria Aparecida, integrante de uma associação local de reciclagem.
Essa engrenagem só funciona com a participação da população. Quando moradores separam corretamente o lixo em casa, facilitam o trabalho dos coletores e aumentam a eficiência do processo. É um ato simples, mas de grande impacto coletivo. Por isso, muitas prefeituras têm investido em campanhas educativas, distribuindo cartilhas, promovendo palestras e criando pontos de entrega voluntária.
A coleta seletiva mostra que sustentabilidade não é apenas uma pauta ambiental, mas também social e econômica. Quando cada cidadão faz sua parte, a cidade inteira ganha: com ruas mais limpas, aterros menos sobrecarregados, empregos gerados e um planeta mais equilibrado.